Quinteto Hope promove cantata para pacientes do HASP

A Hospitalidade Hospitalar pode ser compreendida como a humanização do atendimento do cliente de saúde, sejam pacientes, acompanhantes e familiares, por todo corpo de profissionais da instituição, configurando-se como um relacionamento “além do contrato” entre cuidador e paciente.

Diante deste conceito, o Hospital Adventista de São Paulo promoveu no último dia 23/12/2019 uma ação de humanização e hospitalidade social. A instituição recebeu o Quinteto Hope, grupo que apresentou uma cantata de natal em cada um dos seis andares do hospital, abrangendo pacientes, acompanhantes e colaboradores que ali estiveram.

“O HASP vem fortalecendo a cultura de hospitalidade hospitalar como forma de atender às necessidades não assistenciais dos pacientes e acompanhantes. A ação que promovemos aconteceu justamente para trazer um pouco de conforto, alegria e solidariedade para os pacientes e acompanhantes que passaram o Natal dentro do hospital. A ideia foi dar uma oportunidade de celebração do natal, do nascimento do menino Jesus, a esperança de dias melhores, de boas novas. Poder por meio de algo tão singelo proporcionar uma experiência positiva para nossos clientes foi o nosso objetivo principal com essa ação”, afirma Camila Piazzi, gerente de atendimento ao cliente do HASP. 

Os pacientes puderam acompanhar a cantata nos corredores do hospital. Enquanto o grupo cantava eles saiam de seus leitos para apreciar. Na Unidade de Tratamento Semi Intensiva, uma paciente que já estava de alta para a casa (filha e paciente optaram por não se identificar), enquanto o grupo HOPE cantava a música “Aleluia” saiu no corredor acompanhada de duas filhas e a técnica de enfermagem. O grupo se dividiu no corredor e a paciente passou rumo ao elevador muito emocionada junto de suas filhas chorando, disse: “estou muito feliz, estou indo para casa passar o natal com a minha família, é uma vitória tudo isto. ”

Em outro andar, Julio da Silva, filho do paciente José Carlos da Silva, relatou: “Estou muito emocionado. Essas músicas mexem com a gente. É tão difícil estar aqui e sentir que estamos mais próximos de Deus. Nos traz um conforto, não tem explicação este sentimento. Ao mesmo tempo que dói estar aqui,  um abraço já faz uma diferença e tanto”, afirma.  Já o paciente Rubens Trindade Ferreira gostou muito do grupo. “Eu gostei demais. Eles são muito bons, a música faz bem para gente, só tenho que agradecer pelo momento de alegria”. Os colaboradores que acompanharam a ação também se emocionaram em poder participar. 

A Concierge do HASP, Jéssica Santos, organizou o evento e relata que a cantata com Quinteto HOPE mostrou o quanto a hospitalidade é importante. “Foi muito significativo ter a oportunidade de participar de um momento como este. Me fez refletir sobre o sentido da vida e rever o que realmente importa. Eu pude ter a certeza que ações simples podem mudar o dia de alguém”, declara a profissional. 

Já para os participantes do Quinteto, a sensação foi: “Não existem palavras para descrever o sentimento de se cantar em um hospital. Estamos acostumados a cantar em lugares onde as pessoas já aguardam por música, onde todo critério de som, de estética é super importante para que o trabalho seja de alguma forma bem recebido. Chegamos ao hospital com essa mesma mentalidade, de nos apresentarmos da melhor maneira possível. Este pensamento acabou quando abraçamos as primeiras pessoas que nos assistiram. Os sorrisos que recebemos, os abraços, as lágrimas que trocamos nos fizeram perceber o quanto a música pode unir corações, o quanto pode aliviar por um momento a dor, o quanto pode ser outra forma de demonstrar amor. Sem dúvidas uma das experiências mais ricas que vivemos.”, conta Camila Garcia Viana Boeno, psicóloga.

Segundo Camila Piazzi, a ideia foi transmitir aos clientes do hospital o conceito da médica paliativista Cicely
Saunders:

“Você é importante porque você é você
Você é importante até o último momento da sua vida
E nós faremos tudo que pudermos
Não só para ajudá-lo a morrer em paz
Mas para viver até morrer. ”